 |
|
Na primavera de 1924 ele decidiu ir pessoalmente à Mongólia. Convidou Masumi
Matumura e o Fundador para encontrarem-se no templo Shounkaku, em Ayabe, a fim de delinear
seu programa e pediu-lhes que o acompanhassem nessa viagem. Nessa época Deguchi esteve implicado,
desde 1921, no escândalo da Omoto Kyo, ocasionado pela acusação de desrespeito ao Imperador. Devido
a essa circunstância a viagem proposta estava cercada de segredo. Deguchi partiu em viagem de trem de Ayabe pela madrugada de
13 de fevereiro de 1924 e a ele se juntou ao Fundador em Tsuruoba e dali partiram para a Manchúria
e a Mongólia.
Foi uma viagem de verdadeiro sofrimento. Sem estradas, com pouquíssimas posses e em
constante expectativa para fugir dos inimigos, foram obrigados a usar toda sua força e criatividade
para sobreviverem. Durante os cinco meses da viagem com destino a Mukdeu, o grupo liderado pelo
Reverendo Deguchi teve que fugir de assaltos de grupos militares dispersos, desertores e bandidos.
O Fundador esteve sempre ao lado do Reverendo Deguchi selando seu destino ao dele. Chegando o grupo
a determinado lugar, recebeu um ataque de forças locais, que capturaram todo o grupo, pilhando tudo
o que tinha inclusive roupas e sapatos.
As atitudes do Fundador ao serem presos se destacaram da dos demais e, devido a isto,
seus captores lhe deram tratamento especial, mantendo-o sob severa vigilância, acorrentando-o e
prendendo-o a um pelourinho.
|